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Vereador de Campo Grande é preso em operação contra corrupção

Segundo o MP havia uma organização criminosa que fraudava licitações em Sidrolândia

Por Antonio Neres em 03/04/2024 às 19:58:48

Nesta quarta-feira(3), as manchetes foram tomadas por um evento que abalou a política local. O vereador de Campo Grande, Claudio Jordão de Almeida Serra Filho, conhecido como Claudinho Serra (PSDB), figura conhecida na cidade, foi detido em uma operação que visa combater a corrupção. As acusações são graves e envolvem desvio de recursos públicos, favorecimento ilícito e tráfico de influência.

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), deflagrou na manhã desta quarta-feira (3) a terceira fase da Operação Tromper, contra um esquema de corrupção na administração do município de Sidrolândia, cuja prefeita é sogra do vereador Claudinho Serra. Segundo o Ministério Público havia uma organização criminosa a fraudes em licitações e contratos administrativos com a Prefeitura de Sidrolândia, bem como a pagamento de propina a agentes públicos municipais.

Operação Tromper

A 1ª fase da Operação Tromper foi deflagrada em maio de 2023 contra esquema de corrupção no município de Sidrolândia. A investigação apontou a existência de um esquema de ações destinado à obtenção de vantagens ilícitas, por meio da prática de crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude às licitações, associação criminosa e sonegação fiscal desde 2017.

A 2ª fase da investigação foi deflagrada em julho do ano passado, quando foram cumpridos quatro mandados de prisão e cinco de busca a apreensão.

Segundo o MPMS, o desdobramento da primeira etapa da operação identificou um "conluio" entre empresas que participaram de licitações e firmaram contratos com a prefeitura.

Com a prisão a surpresa e o impacto da detenção. A comunidade está perplexa, pois o vereador sempre se apresentou como um defensor dos interesses da população. Agora, as investigações apontam para um cenário bem diferente. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), 8 mandados de prisão e 28 de busca e apreensão. A investigação identificou o rombo de R$ 15 milhões aos cofres públicos.

A população perplexa discute-se o contexto político em que o vereador atuava. Ele ocupava uma posição de destaque na Câmara Municipal, participando de comissões importantes e influenciando decisões. Sua prisão levanta questionamentos sobre a integridade de outros políticos e a necessidade de uma fiscalização mais rigorosa.

A polícia realizou buscas em sua residência e no gabinete parlamentar, apreendendo documentos, computadores e outros materiais. As provas coletadas serão fundamentais para o desenrolar do processo judicial.

Fala-se sobre o impacto nas relações políticas. O vereador mantinha alianças com outros políticos e empresários locais. Agora, essas conexões estão sob escrutínio, e muitos se perguntam se houve cumplicidade ou conivência.

A reação da população

Nas redes sociais e nas ruas, as opiniões se dividem entre indignação e descrença. Alguns pedem punição exemplar, enquanto outros temem que o caso seja abafado.

É imperioso a importância de uma justiça imparcial e transparente. A sociedade espera que o vereador seja julgado com base nas evidências apresentadas, sem privilégios ou interferências indevidas. A operação contra a corrupção é um lembrete de que ninguém está acima da lei, independentemente do cargo que ocupa.

Fonte: Redação Mídia MS Digital Campo Grande

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