Na quarta-feira (28), o ministro intimou Musk a realizar a indicação. A intimação foi feita no perfil do STF na rede social. No dia 17 de agosto, Musk anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil e acusou Moraes de ameaça.
Pela decisão desta sexta-feira, caberá à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) cumprir a suspensão em 24 horas e comunicar as operadoras de telefonia para realizarem os bloqueios. As operadoras também deverão bloquear o uso de VPN por usuários que tentem burlar a suspensão.
A medida terá validade em todo o território nacional até que todas as ordens judiciais de bloqueio sejam cumpridas e as multas aplicadas sejam pagas.
Ao justificar a suspensão da rede social, o ministro citou o Marco Civil da Internet e disse que as empresas de internet devem ter representação no Brasil e cumprir decisões judiciais sobre a retirada de conteúdo considerado ilegal.
Moraes também afirmou que Elon Musk retirou a empresa do Brasil com objetivo de não cumprir as decisões do STF.
"A finalidade ilícita e fraudulenta desse encerramento da empresa nacional foi confessada na própria mensagem realizada em redes sociais, qual seja: permanecer descumprindo ordens do Poder Judiciário brasileiro, em especial dessa Suprema Corte", afirmou o ministro.
Alexandre de Moraes também determinou a aplicação de multa diária de R$ 50 mil para pessoas físicas e jurídicas que utilizarem uma VPN (Virtual Private Network), uma espécie de rede privada utilizada na internet para escapar de restrições a sites suspensos.
Na decisão, Moraes informou que foram bloqueadas duas contas bancárias do X no Brasil. O bloqueio ocorreu no dia 18 deste mês após as primeiras decisões que foram descumpridas pela rede social. Uma das contas tinha saldo de R$ 2 milhões. O saldo da segunda era de R$ 6,66.
Matéria ampliada às 16h57 e às 17h23.
Nota da redaçãlo: Para muitos juristas, o ministro Alexandre de Moraes tem agido de maneira autoritária e sem base na lei em suas decisões. Críticos apontam que suas ações, como a suspensão da rede social X no Brasil, são excessivas e desproporcionais. Eles argumentam que, ao impor bloqueios e multas elevadas, Moraes ultrapassa os limites de sua autoridade e desrespeita princípios fundamentais da liberdade de expressão e do devido processo legal.
Por outro lado, defensores do ministro afirmam que suas decisões são fundamentadas em leis como o Marco Civil da Internet e o Código Civil, e visam garantir o cumprimento das normas brasileiras por empresas estrangeiras que operam no país. Eles destacam que a atuação de Moraes é necessária para proteger a integridade das instituições democráticas e assegurar que as plataformas digitais respeitem as decisões judiciais brasileiras
Fonte: EBC/MS WEB RADIO/Midia MS Digital