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Educação

Polo universitário: número de estudantes de Dourados supera total de varias cidades

Todos os anos entre o final do mês de novembro e o início do mês de fevereiro do ano subsequente Dourados registra um fenômeno: o "esvaziamento" da cidade causado pelas férias nas universidades


Por ROZEMBERGUE MARQUES*

Todos os anos entre o final do mês de novembro e o início do mês de fevereiro do ano subsequente Dourados registra um fenômeno: o "esvaziamento" da cidade causado pelas férias nas universidades, com reflexos em vários setores. Consolidada como polo universitário, a exemplo de cidades como Santa Maria (RS) por exemplo, o comércio e o setor de serviços em geral são fomentados pelo grande número de estudantes universitários na cidade provindos de outras cidades e estados. Além do ramo de locação, venda e compra de imóveis, os setor terciário de alimentação, bebidas, vestuário, tecnologia, transporte, saúde, beleza e bem-estar, turismo, entretenimento e outros tem nos estudantes uma grande clientela, que nos finais de ano voltam às suas cidades de origem para rever familiares, comemorarem as festas da época como natal e ano novo e descansarem um pouco.


A cidade ganhou o status de cidade universitária graças aos mais de 25 mil acadêmicos, aos quais somam-se professores, servidores, técnicos e funcionários do campi da Cidade Universitária - onde ficam os campus da Uems e da UFGD-, das universidades particulares e do instituto federal. Até a consolidação verificada nesse aniversario de 87 anos, um longo caminho foi trilhado e os estudantes e docentes das duas instituições públicas sediadas na Cidade Universitária passaram por muitos "perrengues".

A Avenida Guaicurus, trecho de 12 km da MS-162 e que demanda tanto à Cidade Universitária como ao quartel e ao aeroporto, foi palco de várias manifestações (incluindo obstrução) tanto de estudantes como de moradores da região que perpassa, pedindo a sua duplicação. Pela MS 162, trafegam caminhões "bi/tri-trens" das usinas que se instalaram na região, ônibus de turismo de cidades vizinhas, ônibus urbanos, vans, carros, motocicletas, carroças e bicicletas, além, é claro, dos pedestres. Se até hoje, mesmo depois da duplicação concluída em 2016, muitos acidentes acontecem por conta do tráfego intenso, antes da duplicação os alunos enfrentavam riscos diários para chegar ao campus e os acidentes, inclusive com mortes, eram recorrentes. Atualmente, o clamor é pela manutenção da ciclovia paralela à rodovia e que é muito usada tanto por esportistas como pela população em geral. Outro problema, hoje amenizado, eram o transporte coletivo "lata de sardinha", que obrigava os acadêmicos a amontoarem-se nos ônibus.

As instituições de ensino superior da cidade são a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran) e Faculdade Anhanguera Dourados. Somados, os estudantes dessas instituições ultrapassam o número de habitantes de diversas cidades do estado.


*JORNLISTA E VIOLEIRO

Redação do Mídia MS Digital e MS WEB Rádio/ Jornalista Rozembergue Marques

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