ROZEMBERGUE MARQUES*
O Brasil precisa investir R$ 295 bilhões até 2042 em infraestruturas de mobilidade urbana nas 15 principais regiões metropolitanas do país. Essa é a quantia necessária para equiparar a infraestrutura de transportes desses municípios ao padrão da Cidade do México e Santiago, cidades referência na oferta de transportes urbanos na América Latina. A estimativa está no estudo inédito da Confederação Nacional da Indústria (CNI) "Mobilidade Urbana no Brasil: marco institucional e propostas de modernização."
O caminho para que essas regiões metropolitanas brasileiras cheguem a um nível de excelência, no entanto, é longo. É preciso superar a falta de financiamento, fator apontado pelo estudo como o maior gargalo para a expansão dos transportes urbanos no Brasil. A CNI defende que sejam viabilizadas fontes de investimentos, com recursos nacionais e estrangeiros, além de participação pública e privada.
"É importante ampliar o número de Parcerias Público-Privadas em um modelo de PPP que agrupe a construção do sistema, da operação e da manutenção, em contratos de concessão de duração relativamente longas, em torno de 30 anos", destaca o gerente-executivo de Infraestrutura da CNI, Wagner Cardoso. "Pode-se afirmar que o país subinveste e subfinancia o transporte coletivo e inversamente privilegia e subsidia o transporte individual motorizado, inclusive na precificação dos combustíveis fósseis utilizados por automóveis e veículos individuais", acrescenta.
Dourados, por exemplo, caminha para, através do Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Dourados (PLANMOB) tirar do papel a Lei da Mobilidade Urbana [Lei 12.587, de 03 de janeiro de 2012], que institui, no âmbito do Município, as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, cujo instrumento objetiva a prioridade dos modos coletivos e não motorizados de transportes, da integração entre os diferentes modais de transporte e a melhoria da acessibilidade e mobilidade de pessoas, bens e cargas nas cidades brasileiras.O PLANMOB tem como seu principal objetivo proporcionar o acesso a toda a população às oportunidades que a cidade oferece com a oferta de condições adequadas no exercício da cidadania através dos deslocamentos de pessoas e circulação de bens e serviços no Município.
O Plano Diretor de Mobilidade Urbana de Dourados é um instrumento efetivo para revisar o modelo atual de cidade, apresentando recursos viáveis de ampliação do acesso à cidade e aos serviços de forma segura, autônoma e integral através da inclusão social dos cidadãos.As pesquisas apresentadas envolvem a percepção da população quanto ao sistema viário do Município, assim como suas observações e avaliações críticas quanto ao sistema de trânsito, os deslocamentos urbanos dos usuários e as inter-relações entre os diferentes modais.
Pesquisa de PASSEIOS PÚBLICOS
Esta pesquisa visa a implantação de passeios acessíveis, aprimorando a circulação das pessoas nas vias urbanas de Dourados, organizando e tornando atrativos os usos do espaços públicos na cidade.
Pesquisa de PERFIL DOS CICLISTAS
Esta pesquisa busca adequar o transporte por bicicletas na matriz dos deslocamentos urbanos, de forma a permitir a integração com outros modais de transporte urbano. A integração da bicicleta nas ações de mobilidade urbana nas cidades vem para enriquecer o sistema de tráfego urbano, uma vez que promove a inclusão social através do acesso democrático do espaço público e da valorização dos deslocamentos dos ciclistas.nesse quesito, um detalhe: um alentado estudo mostra que a cidade traz condições favoráveis ao estabelecimento de um Plano Cicloviário, dentro do Plano de Mobilidade Urbana, para melhoria do transito, da saúde dos cidadãos e da sua economia.A utilização da bicicle?
* Jornalista
Redação MS WEB RADIO/Jornalista Rozembergue Marques