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Hermanos

Dourados comemorou neste sábado o Dia do Povo Paraguaio

Colônia paraguaia celebrou a data com eventos culturais e gastronômicos


Os paraguaios têm a sua cultura própria manifestada através da música, comidas típicas, a língua Guarani e Espanhola que constituem marcas indeléveis na verve de cada douradense: o tereré, a chipa, a sopa paraguaia, o churrasco com a mandioca, o pucheiro, entre outros costumes que permanecem como o chamamé, a polca paraguaia e as guarânias.

Para celebrar essa amizade, nossos vizinhos ganharam como homenagem o Dia do Povo Paraguaio, comemorado em 14 de maio, relembrando a data da independência paraguaia da Espanha, em 1811. O Dia do Povo Paraguaio em Mato Grosso do Sul foi criado pela Lei 2235, sancionada em 2001 e resultante de projeto de lei foi apresentado na Assembléia Legislativa pelo então deputado estadual Antônio Carlos Arroyo.

Para celebrar a data, a Colônia Paraguaia, que está para os paraguaios aqui radicados como o CTG está para os gaúchos, e a Praça Paraguaia (onde foi construída uma capela em homenagem à Virgem de Caacupé), sediarão eventos religiosos, culturais e gastronômicos.A "Praça Paraguaia" está localizada num dos locais mais privilegiados do jardim Itália, reduto imensurável de paraguaios desde as priscas eras de Dourados.

A fundação da Colônia Paraguaia

A exemplo de Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã, Aquidauana e e outras cidades de Mato Grosso do Sul, a cidade de Dourados sentiu-se na necessidade de fundar este organismo social. Em um jantar no então muito conhecido e já extinto retaurante "Panela Preta" (na verdade não passou de um bate-papo informal), os presentes determinaram que passariam a convidar todos os paraguaios e seus descendentes, além das autoridades e o Cônsul do Paraguai em Campo Grande para uma reunião que aconteceu no dia 29 de outubro de 1989, no prédio da Associação Comercial e Industrial de Dourados (ACID), com a presença de 87 pessoas. Alí foi o passo inicial para a criação da Casa Paraguaia de Dourados.

De acordo com estudos do historiador Carlos Amarilha, com a instituição da "Casa Paraguaia de Dourados" e depois "Colônia Paraguaia de Dourados", foi possível constatar que a proposta de manter viva a tradição da cultura paraguaia foi alcançada, tanto que a Colônia Paraguaia participou de vários eventos no município e região e em todos teve expressiva participação, inclusive dos que não são paraguaios mas admiram a cultura tradicional deste povo que, lembremos, já foi dono da porção sul de Mato Grosso do Sul, perdida para o Brasil após a Guerra do Paraguai.

"Os paraguaios têm a sua cultura própria manifestada através da música, comidas típicas, a língua Guarani e Espanhola que constituem marcas indeléveis na verve de cada douradense, o tereré, a chipa, a sopa paraguaia, o churrasco com a mandioca, o pucheiro, entre outros costumes que permanecem como o chamamé, a polca paraguaia, as guarânias", elenca Amarilha. Segundo ele a influiêcia paraguaia na cultura é um legado dos "hermanos" além fronteira.Povo pacato, ordeiro e alegre, os mais de 30 mil paraguaios douradenses de coração estarão em festa neste final de semana.

Jornalista Rozembergue Marques

Redação do Mídia MS Digital/ Jornalista Rozembergue Marques

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