Embora alarmante, o total de assassinatos registrados no ano passado representa uma redução de 5% em relação às 40.768 ocorrĂȘncias de 2023. Além disso, é o menor nĂșmero registrado desde 2015 - mantendo a gradual diminuição do nĂșmero de mortes violentas intencionais iniciada em 2021. Entre 2015 e 2024, ao menos 470.760 pessoas foram assassinadas no paĂs.
Em nĂșmeros absolutos, os estados onde mais foram registrados assassinatos em 2024 são Bahia (4.480); Rio de Janeiro (3.504); Pernambuco (3.381); CearĂĄ (3.272); Minas Gerais (3.042); São Paulo (2.937), ParĂĄ (2.570) e Maranhão (2.053). Roraima e Acre registraram, respectivamente, 119 e 168 assassinatos, sendo as unidades federativas com os menores nĂșmeros de vĂtimas de crimes violentos contra a vida.
Os resultados foram atualizados nesta quinta-feira (6), na plataforma que a Secretaria Nacional de Segurança PĂșblica, do Ministério da Justiça e Segurança PĂșblica, mantém na internet, após Rio de Janeiro e São Paulo concluĂrem a remessa de suas Ășltimas informações.
Nacionalmente, o nĂșmero de pessoas assassinadas a cada grupo de 100 mil habitantes baixou de 19,26, em 2023, para 18,21, em 2024. Em 2017, ano em que os órgãos pĂșblicos oficiais reportaram o maior nĂșmero de assassinatos (60.374) dos Ășltimos dez anos, esta mesma taxa foi de 29,42.
Ainda em termos proporcionais, a taxa de assassinatos caiu em quase todas as unidades federativas, com destaque para Tocantins, onde ela baixou 10,1 pontos (de 25,4 vĂtimas por 100 mil habitantes, em 2023, para 15,3, em 2024); Roraima (-7 pontos, chegando a 16,60); Rio Grande do Norte (-6 pontos, alcançando a marca de 21,65); Sergipe (-4,70) e Rio de Janeiro, onde este mesmo Ăndice baixou de 21,96 para 20,35 (-1,61), o que, em termos absolutos, significa que 177 vidas foram poupadas no estado, com o total de vĂtimas fluminenses diminuindo 3.781 para 3.504 vĂtimas.
Na contramão destes estados, CearĂĄ (+3,15); Maranhão (+3)) e Minas Gerais (+0,6) registraram pequenos aumentos do nĂșmero de ocorrĂȘncias relativas a cada grupo de 100 mil habitantes.
Os dados relativos a assassinatos no paĂs não incluem as 15.288 mortes sem indĂcios de crime, mas cujas causas ainda não foram esclarecidas. Nem as 39.846 tentativas de homicĂdios e os 6.121 óbitos decorrentes da ação policial registrados no ano passado.
A Bahia registrou o maior nĂșmero de mortes por intervenção policial ao longo do ano passado: 1.557. Em seguida, vem São Paulo (814); Rio de Janeiro (699); ParĂĄ (593) e GoiĂĄs (387).
As 6.121 mortes decorrentes da intervenção policial representaram, nacionalmente, uma redução de 4,2% em comparação com as 6.391 ocorrĂȘncias registradas em 2023, mantendo a tendĂȘncia de queda iniciada em 2021 – após ter aumentado ano após ano, entre 2015 e 2020.
Fonte: AgĂȘncia Brasil/ redação MS Web RĂĄdio e Midia Digital