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OMS convoca comitĂȘ de emergĂȘncia para avaliar surto de mpox na África

A Organização Mundial da SaĂșde (OMS) convocou seu comitĂȘ de emergĂȘncia para avaliar o cenĂĄrio de surto de mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença.

Por Antonio Neres em 07/08/2024 às 18:23:47

A Organização Mundial da SaĂșde (OMS) convocou seu comitĂȘ de emergĂȘncia para avaliar o cenĂĄrio de surto de mpox na África e o risco de disseminação internacional da doença. O anĂșncio foi feito pelo diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, nesta quarta-feira (7) em seu perfil na rede social X.

Segundo Tedros, a decisão levou em conta o registro de casos de mpox fora da RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo, onde as infecções estão em ascensão hĂĄ mais de dois anos. O cenĂĄrio se agravou ao longo dos Ășltimos meses em razão do uma mutação que levou à transmissão da doença de pessoa para pessoa, além da notificação de casos suspeitos na provĂ­ncia de Kivu do Norte.

"O comitĂȘ irĂĄ se reunir o mais rĂĄpido possĂ­vel e serĂĄ composto por especialistas independentes de uma série de ĂĄreas relevantes e oriundos de todas as partes do mundo", postou Tedros.

A doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vĂ­rus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (Ă­nguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com lĂ­quido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O nĂșmero de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

De acordo com a organização humanitĂĄria Médicos Sem Fronteiras, a mpox requer tratamento de suporte, de forma a controlar os sintomas da forma mais eficaz possĂ­vel e evitar mais complicações. A maioria dos pacientes tratados se recupera dentro de um mĂȘs, mas a doença pode ser fatal quando não tratada. Na RepĂșblica DemocrĂĄtica do Congo, onde a taxa de mortalidade da cepa existente é muito maior do que na África Ocidental, mais de 479 pessoas morreram desde o inĂ­cio do ano.

Primeira emergĂȘncia

Em maio de 2023, quase uma semana após alterar o status da covid-19, a OMS declarou que a mpox também não configurava mais emergĂȘncia em saĂșde pĂșblica de importância internacional. Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergĂȘncia em razão do surto da doença em diversos paĂ­ses.

"Assim como com a covid-19, o fim da emergĂȘncia não significa que o trabalho acabou. A mpox continua a apresentar desafios de saĂșde pĂșblica significantes que precisam de resposta robusta, proativa e sustentĂĄvel", declarou, à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom.

"Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contĂ­nua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os paĂ­ses mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessĂĄrio", alertou Tedros em 2023.

Fonte: AgĂȘncia Brasil/ Redação da MS WEB RADIO/MIDIA MS DIGITAL

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