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PolĂ­cia investiga trĂĄfico de crianças em MS após compra frustrada de bebĂȘ e mãe refĂ©m

Caso aconteceu em Antônio João e envolve recĂ©m-nascido de 11 dias

Por Marcos Morandi em 31/05/2024 às 10:38:25
Polícia resgatou mãe e criança (Foto: reprodução, PC)

Polícia resgatou mãe e criança (Foto: reprodução, PC)

A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul iniciou investigações para apurar o trĂĄfico de bebĂȘs na fronteira com o Paraguai. O caso envolve uma mulher na cidade de Antônio João, distante 280 quilômetros de Campo Grande, que desistiu de vender a filha recém-nascida e acabou se tornando refém.

A mulher e a bebĂȘ de apenas 11 dias foi resgatada pela DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de FĂĄtima do Sul, por meio da Operação Protetor nessa quinta-feira (30).

Segundo a delegada Maria Gabriela Vanoni, titular da DAM o resgate aconteceu após denúncia de trĂĄfico de crianças feitas por lideranças indígenas da cidade.

"Reiteradamente vem ocorrendo casos de crianças paraguaias que são levadas ao Brasil em situação irregular incorrendo em possível trĂĄfico internacional de crianças", explica Vanoni.

A princípio, a mãe de origem paraguaia, veio ao Brasil para dar à luz a criança e prometeu entregar o bebĂȘ a uma brasileira, que compraria a criança. "Contudo, após o nascimento da criança, a mãe manifestou que não tinha mais interesse em entregar-lhe a criança", diz nota da Polícia Civil.

Brasileira que compraria bebĂȘ fez mãe refém

Foi então que a autora impediu a mulher de ir embora com a bebĂȘ, exigindo a quantia de R$ 1 mil ou mediante a entrega da criança.

"A mãe não tinha condições de efetuar pagamento e por temer pela sua vida e da sua bebĂȘ, diante das ameaças, não conseguiu retornar para seu país", descreve a nota.

Após a denúncia, a polícia foi ao local e conseguiu contato com a mãe. "A equipe policial juntamente com o Conselho Tutelar procedeu ao resgate da mãe e da criança e conduzimos à autora para delegacia onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante", explica a delegada.

A autora foi presa em flagrante por cĂĄrcere privado. A delegada ainda explicou que investigarĂĄ o trĂĄfico de crianças.

"O trĂĄfico de crianças envolve aliciamento, agenciamento de crianças com vĂĄrias finalidades dentre elas a adoção ilegal. A polícia civil investiga sim. Caso haja a transnacionalidade é também possível que a Polícia Federal investigue", ressalta.

Fonte: Midiamax

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