Policias civis do SIG (Setor de Investigações Gerais) de Dourados prenderam o segundo envolvido no assassinato do irmão do goleiro do Fluminense categoria Sub-17, Marcus Vinicius Felix da Silva. Ele foi morto a tiros na última quinta-feira (9/5), nas proximidades do campo de futebol do Jardim Guaicurus, em Dourados. Conforme o boletim de ocorrência, a PM (Polícia Militar) atendeu a ocorrência e se deparou com a vítima com ferimentos na região das costas. Testemunhas contaram que dois homens chegaram em uma motocicleta Honda Biz, vermelha, o garupa desceu e correu em direção à vítima efetuando os disparos. Marcus ainda tentou escapar e se esconder em uma residência, que também foi alvejada com 13 tiros. Desde então os policiais realizaram diligências para identificar e localizar os autores, e o primeiro a ser preso foi Vitor Henrique, na segunda-feira (13/5). Consta, segundo divulgado anteriormente, que ele era quem pilotava a moto. Já o segundo preso ontem, foi encontrado no distrito de Vila Vargas e é apontado como o autor dos disparos que matou Marcus Vinicius. E atenção! Novos desdobramentos no caso do assassinato de Marcus Vinicius Felix da Silva, ocorrido no bairro Jardim Guaicurus, revelam que o homicídio do jovem foi motivado por rivalidade entre facções criminosas. Em entrevista ao Dourados News, o delegado Erasmo Cubas, chefe do Setor de Investigações Gerais (SIG), falou sobre os detalhes do crime.
Anteriormente, a suspeita era de que Marcus Vinicius teria sido vítima de um crime passional, motivado por ciúmes devido a trocas de mensagens com uma garota, o que teria desencadeado a reação do ex-namorado dela. "No entanto, conforme a investigação avançou, ficou claro que o homicídio estava ligado a uma rixa entre facções rivais.", afirmou o delegado. O delegado Cubas revelou que a ordem para a execução de Marcus Vinicius foi dada de dentro da PED (Penitenciária Estadual de Dourados). A vítima estaria "incomodando" uma facção rival, por estar frequentando a região "dominada" pelo grupo. Eles passaram a monitorar a chegada de Marcus ao bairro e avisaram ao comando, que enviou os executores, que já estavam prontos para cumprir a missão arquitetada de dentro da cadeia. "No momento do crime, várias crianças estavam jogando no campo de futebol e tiveram que sair correndo para se proteger," relatou Cubas. "A cena foi filmada e circulou pela internet. A filmagem foi feita por membros da facção que estavam no local.
Nota da Redação: " A verdade é que este caso revela mais uma vez, que o sistema prisional não cumpre sua função. O sistema prisional brasileiro enfrenta desafios críticos que comprometem sua capacidade de reeducar e ressocializar os detentos. Com uma das maiores populações carcerárias do mundo, o Brasil luta contra a superlotação e a infraestrutura precária. Estima-se que existam aproximadamente 810 mil presos para cerca de 437 mil vagas, resultando em condições desumanas que dificultam qualquer tentativa de reabilitação. A falta de investimento em programas de educação e trabalho, essenciais para a reintegração dos presos à sociedade, é uma falha grave do sistema.
Além disso, a alta taxa de presos provisórios, que representam 41,5% da população carcerária, reflete a lentidão e ineficiência do processo judicial. A falência do sistema prisional brasileiro não é apenas uma questão de números; é uma crise humanitária que afeta diretamente a sociedade. A superlotação leva a condições insalubres e violência, tornando os presídios ambientes propícios para a proliferação de doenças e o fortalecimento de facções criminosas. A ressocialização dos detentos é quase impossível nesse contexto, onde a dignidade humana é frequentemente ignorada. Para que haja uma mudança significativa, é necessário um compromisso com reformas estruturais que priorizem a educação, a saúde e a segurança dos detentos, bem como a agilidade e justiça no sistema legal. Somente assim o sistema prisional poderá cumprir sua função social de reeducar e reintegrar indivíduos à sociedade
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