Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Policial

Morto em tribunal do crime do PCC foi encontrado em poço após desconfiança de mãe, diz promotor em Júri

Pela segunda vez, trio acusado de matar em tribunal do crime do PCC volta a julgamento


Réus durante o julgamento. (Foto: Henrique Arakaki - Jornal Midiamax)

A promotoria do julgamento do Tribunal do que ocorre nesta quarta-feira (13) na Capital revelou que o corpo de Sandro Lucas de Oliveira, de 24 anos – morto durante um tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital) – só foi encontrado após a mãe receber pistas sobre o paradeiro do filho. Um dos três réus apontou o local onde os ossos foram encontrados, dentro de um poço, ainda na fase de investigação policial.

Durante depoimento no plenário, Rafael Aquino de Queiroz (vulgo professor) e Eliezer Nunes Romero (vulgo maldade) usaram o direito constitucional de manter o silêncio. Já Adson Vitor Farias (vulgo Ítalo, de almas ou pititi) negou envolvimento no homicídio e que tenha feito "casinha" para a vítima. Sobre o interrogatório feito na fase policial, na DEH (Delegacia Especializada em Homicídios) – gravado na presença de um advogado – disse que confessou a participação "por medo" e que foi "alvo de tortura" para que fornecesse informações.

Segundo relevado pelo promotor do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) Douglas Oldergado, a mãe da vítima foi procurada por uma mulher no dia 16 de dezembro de 2019 afirmando que Sandro estava morto e que um amigo dele – que frequentava a casa da família – teria o traído e armado "casinha" para que ele fosse capturado. Conforme depoimentos de testemunhas, Sandro era acusado de integrar a facção CV (Comando Vermelho) e teria oferecido pó em uma festa para membros da facção rival, PCC (Primeiro Comando da Capital).

A promotoria do julgamento do Tribunal do que ocorre nesta quarta-feira (13) na Capital revelou que o corpo de Sandro Lucas de Oliveira, de 24 anos – morto durante um tribunal do crime do PCC (Primeiro Comando da Capital) – só foi encontrado após a mãe receber pistas sobre o paradeiro do filho. Um dos três réus apontou o local onde os ossos foram encontrados, dentro de um poço, ainda na fase de investigação policial.

Durante depoimento no plenário, Rafael Aquino de Queiroz (vulgo professor) e Eliezer Nunes Romero (vulgo maldade) usaram o direito constitucional de manter o silêncio. Já Adson Vitor Farias (vulgo Ítalo, de almas ou pititi) negou envolvimento no homicídio e que tenha feito "casinha" para a vítima. Sobre o interrogatório feito na fase policial, na DEH (Delegacia Especializada em Homicídios) – gravado na presença de um advogado – disse que confessou a participação "por medo" e que foi "alvo de tortura" para que fornecesse informações.

Segundo relevado pelo promotor do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) Douglas Oldergado, a mãe da vítima foi procurada por uma mulher no dia 16 de dezembro de 2019 afirmando que Sandro estava morto e que um amigo dele – que frequentava a casa da família – teria o traído e armado "casinha" para que ele fosse capturado. Conforme depoimentos de testemunhas, Sandro era acusado de integrar a facção CV (Comando Vermelho) e teria oferecido pó em uma festa para membros da facção rival, PCC (Primeiro Comando da Capital).

Testemunhas ainda revelaram que os três estavam no dia do crime na cantoneira – local utilizado nos homicídios de facções onde as vítimas permanecem em cárcere privado antes de serem executadas – localizada em uma da Capital. Após três dias, ele foi morto e o corpo colocado em um poço, aos fundos de uma chácara abandonada no anel rodoviário da BR-163, entres as saídas de Três Lagoas e Cuiabá. O corpo já estava em estado avançado de decomposição, e não possuía mais tecidos, apenas o esqueleto.

Outros dois acusados – Éder de Barros Vieira e Sidnei Jesus Rerostuk – continuam presos e serão julgados em outro processo, após este ter sido desmembrado. Uma das testemunhas chegou a relatar durante depoimento em audiências anteriores que o trio teria confessado à ele a morte de Sandro Lucas, dizendo que quem matou teria sido Sidnei, pois "estavam na mesma cela, na Máxima".

Primeiro julgamento foi cancelado

O primeiro julgamento do trio ocorreu no dia 9 de fevereiro deste ano, quando Rafael Aquino, conhecido como "Enigma", e Adson Vitor, conhecido como "Ladrão de Almas", negaram ser membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), como também negaram conhecer a vítima, Sandro Lucas, o "Alemãozinho".

Adson contou que cuidava de um ferro-velho junto da mãe antes de ser preso e nunca tinha visto Sandro Lucas. "Ladrão de Almas" disse que cuidava da rua, onde um carro, de cor preta, passou no dia do desaparecimento de Sandro o levando embora, mas que não tinha participado do sumiço dele.

Primeiro julgamento ocorreu em fevereiro. (Foto: Leonardo de França – Jornal Midiamax)

Ainda segundo Adson, ele não tinha cargo suficiente para participar do tribunal do crime, por isso, só cuidava a rua. Já Rafael Aquino ficou em silêncio e nada disse durante o julgamento.

Desaparecimento e morte

Sandro Lucas de Oliveira, de 24 anos, que desapareceu em dezembro de 2019 foi decapitado por Sidney de Jesus Rerostuk, de 27 anos, preso por equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios). O "Missionário", como era conhecido dentro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), foi encontrado em sua casa no Jardim Bálsamo.

O assassinato de Sandro teria sido ordenado pelo PCC porque o rapaz era da facção rival CV (Comando Vermelho). A vítima foi decapitada e os restos mortais encontrados em uma chácara, no bairro Chácara dos Poderes. A indicação do local onde estava o corpo foi feita por Sidney.

Sidney estava na companhia da esposa quando foi preso em sua casa. Na residência, os policiais encontraram dentro de uma caixa porções de cocaína. A mulher de Sidney contou que o marido é faccionado há 9 anos e que dentro do PCC tem o cargo de missionário, o responsável por "finalizar a vítima". O membro da facção estava em liberdade condicional e tinha passagens por roubo, tráfico de drogas, receptação e homicídio.

Em junho de 2020, a polícia havia feito uma operação que capturou oito suspeitos do envolvimento com o desaparecimento de Sandro, em Campo Grande, ocorrido em dezembro de 2019. Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão domiciliar, quatro mandados de prisão temporária e um mandado de busca e apreensão de adolescente.

Durante os trabalhos, outras três pessoas que não eram alvos imediatos foram presas em flagrante por tráfico de drogas, sendo que, dessas, duas eram foragidas do sistema penitenciário. Com eles foi encontrada droga destinada à comercialização e petrechos para preparação do entorpecente.

MidiaMax

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!