A Delegacia do Consumidor (Decon) iniciou a investigação para apurar condutas da Time for Fun (T4F) após a morte de uma fã no show de Taylor Swift, no Rio de Janeiro. O inquérito tem como objetivo descobrir se a organização colocou em risco a vida dos fãs. Além disso, de acordo com o advogado especializado em direito do consumidor, Daniel Romano Hajaj, a própria cantora Taylor Swift pode ser intimada para depor sobre o caso.
"Todos os envolvidos podem e devem ser acionados judicialmente, inclusive a cantora. Essa possibilidade é prevista no próprio Código de Defesa do Consumidor, que fala que todos os integrantes da cadeia de fornecedores respondem pelos danos, e é exatamente o que ocorre no caso. São várias as empresas envolvidas na realização do show", afirma Romano Hajaj em entrevista ao R7.
Ainda conforme o profissional, a estrela internacional pode responder até por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
"A cantora pode ser intimada e acionada, até porque, certamente, sua equipe acompanhou e aprovou o layout do palco e dependências do estádio. Ela pode responder no âmbito penal, por homicídio culposo, e no cível, arcando com uma indenização por danos morais e materiais aos familiares, já que falamos de uma jovem de apenas 23 anos, com um futuro promissor pela frente", diz o defensor em entrevista ao R7.
O caso
Ana Clara Benevides, de 23 anos, passou mal durante a segunda música de Taylor Swift no Estádio Nilton Santos (Engenhão) na sexta-feira (17). A estudante foi socorrida por Bombeiros que estavam no local e levada para um posto de atendimento montado dentro do estádio. Ela foi reanimada após sofrer parada cardíaca. No centro de saúde, médicos tentaram reanimá-la novamente, mas o óbito foi constatado em seguida.
O corpo de Ana Clara foi enterrado no município de Pedro Gomes (MS) nesta terça-feira (21). A jovem era natural da cidade de Sonora, também em Mato Grosso do Sul.
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