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Os quatro acuados da morte do mĂ©dico Gabriel Rossi jĂĄ estão presos me Dourados

A principal linha de investigação da polĂ­cia Ă© que a motivação do crime seja passional

Por Luiz Guilherme e Sidnei Bronka em 08/08/2023 às 08:43:07
Grupo foi preso em Minas Gerais; Foto: Leandro Holsbach

Grupo foi preso em Minas Gerais; Foto: Leandro Holsbach

Chegaram por volta de 1h30 desta terça-feira (8/8), a Dourados, os quatro assassinos do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, encontrado morto na semana passada, com mãos e pés amarrados com fios de energia, em uma casa de aluguel por temporada, localizada na Vila Hilda.

Eles foram identificados como Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa, Guilherme Augusto Santana e Bruna NathĂĄlia de Paiva.

Os acusados – trĂȘs homens e uma mulher -, foram presos por policiais civis de Dourados e de Minas Gerais, com o auxĂ­lio da PRF (PolĂ­cia RodoviĂĄria Federal), na manhã de segunda (7/8), no municĂ­pio de ParĂĄ de Minas (MG).

O Ligado Na NotĂ­cia acompanhou a chegada do grupo e apurou junto ao delegado do SIG (Setor de Investigações Gerais), Eramo Cubas, que estĂĄ à frente das investigações, que detalhes do caso serão repassados em coletiva de imprensa marcada para as 10h.

Gabriel saiu do plantão e não foi mais visto

Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, foi visto pela Ășltima vez no dia 26 de julho, quando deixou o plantão em um hospital particular de Dourados onde trabalhava e foi para a casa, em que foi encontrado morto. A vĂ­tima também era plantonista na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e HV (Hospital da Vida), sendo que deveria ter comparecido para dar expediente nos dias 29 e 30, respectivamente.

O boletim de ocorrĂȘncia sobre o desparecimento do médico gaĂșcho foi registrado pela famĂ­lia no dia 3 de agosto. Na ocasião, a polĂ­cia foi até a o apartamento do rapaz, que fica no centro de Dourados e lĂĄ, encontraram o local intacto.

Crime passional e emboscada

A principal linha de investigação da polĂ­cia é que a motivação do crime seja passional, no entanto, é importante deixar claro que o caso não estĂĄ solucionado e agora, com a prisão dos quatro envolvidos, a expectativa é que tudo seja esclarecido.

Sobre a ida de Gabriel até o imóvel onde foi encontrado morto, o delegado Erasmo Cubas disse que o médico "compareceu lĂĄ a pedido de alguém, onde os fatos se desenrolaram. Ele foi sozinho e sem ser forçado".

Além do corpo amarrado, o médico gaĂșcho jĂĄ estava em avançado estado de decomposição quando foi encontrado, e também com muitos sinais de espancamento e em meio a sangue.

A polĂ­cia aguarda agora o laudo da perĂ­cia técnica que vai indicar a causa da morte, se realmente foi asfixia ou provocada por outro objeto.

Casa foi alugada por duas pessoas e ligação "misteriosa"

Outro detalhe que contribui para o reforço da tese de emboscada, é que a residĂȘncia onde Gabriel foi encontrado morto, havia sido alugada hĂĄ 15 dias por duas pessoas ainda não identificadas. Elas pagaram adiantado pelo aluguel feito por um aplicativo.

A polĂ­cia também informou que no dia 27 de julho, Gabriel recebeu ligação de uma mulher com quem estava se relacionando, sendo esta comprometida e morada em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Além disso, a mulher teria ligação com um criminoso.

Vale destacar que Gabriel saiu do plantão assim que recebeu a ligação. Após o registro do boletim de ocorrĂȘncia, a polĂ­cia rastreou o veĂ­culo HB20, que pertencia à vĂ­tima, e constatou a viagem de Dourados a Ponta Porã. Inicialmente, havia uma informação de que o carro estava em Guarulhos (SP).

Vizinha sentiu mau cheiro

Talita Nascimento Ferreira, de 27 anos, que mora nos fundos da casa onde Gabriel foi encontrado morto, foi quem acionou a polĂ­cia. Ela contou que o HB20 estava em frente ao imóvel hĂĄ oito dias, sem que ninguém mexesse.

A dona de casa disse que estava sentido cheiro forte na noite de quarta-feira (2/8), e ontem pela manhã, ao passar pelo corredor, viu moscas varejeiras na janela do banheiro.

"JĂĄ estava achando estranho aquele carro ali. Cheguei até comentar com alguns vizinhos. Mas em seguida o cheiro começou a ficar forte e vi que tinha algo esquisito por conta dos nĂșmeros de moscas que saiam de dentro da casa e resolvi chamar a polĂ­cia", disse Talita.

Ela também mencionou que ficou "chocada depois que descobri que o médico desaparecido estava morto lĂĄ dentro".(Matéria atualizada em outra postagem mais recente)

Fonte: Ligado na NotĂ­cia

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