Segundo o MEC, p prazo foi ampliado do prazo levando em conta solicitação de instituições como o Conselho Nacional de Educação (CNE), o Fórum Nacional de Educação (FNE), o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) e o Conselho Nacional dos SecretĂĄrios de Educação (Consed).
Em carta conjunta, as entidades solicitaram ao ministro da Educação, Camilo Santana, a prorrogação da consulta, para que sejam garantidas "as condições necessĂĄrias para aplicação de todos os instrumentos de escuta e a mais ampla participação social".Em nota, o ministério diz que o pedido de prorrogação atende ao interesse pĂșblico e é "condizente com o propósito de ampliar o alcance da consulta pĂșblica em curso, atendendo uma legĂtima aspiração de dar oportunidade de participação a todos os que ainda queiram contribuir com o debate pĂșblico suscitado".
O diretor executivo da organização não governamental (ONG) Todos pela Educação, Olavo Nogueira, disse que a justificativa é adequada, desde que sejam mesmo poucos dias de prorrogação. "É importante que este movimento não enfraqueça o senso de urgĂȘncia em relação à necessidade de avanço da matéria", afirmou Nogueira.
Para ele, a espera por decisões sobre o ensino médio gera incertezas na vida dos estudantes brasileiros. "Algumas questões geram repercussões no curtĂssimo prazo, como é o caso do Exame Nacional do Ensino Médio [Enem] de 2024. Um atraso pode gerar fragilização da importância de se avançar rĂĄpido."
Segundo Nogueira, esta é uma decisão que precisa ser apresentada o mais depressa possĂvel para garantir tranquilidade e segurança para os profissionais de educação e estudantes. Inclusive, porque o ano letivo de 2024, conforme explica, envolve planejamentos e muita organização. "São movimentos que não são feitos da noite para o dia."
O diretor da ONG Todos pela Educação avalia que os princĂpios da reforma são muito positivos, o que incluiria trĂȘs aspectos: aumento da carga horĂĄria, mudança na arquitetura curricular com um currĂculo mais diversificado e a busca por maior integração da educação profissional com o ensino médio regular.
"Esses seriam movimentos que nos aproximam daquilo que os paĂses com sistemas educacionais mais sólidos jĂĄ fazem", enfatizou.
Fonte: AgĂȘncia Brasil