UCP GIF.gif
MODELO

Douradown: Pais de crianças com Down criam associação para garantir direitos e inclusão

Através de associações pais querem garantir a observância dos direitos dos especiais

Por Antonio Neres/ Rozembergue Marques em 01/06/2023 às 10:25:08

Por ROZEMBERGUE MARQUES*



Cresce em Dourados a organização dos pais de crianças especiais para, através de associações, garantirem a observância dos direitos dessa parcela da população. Pouca gente sabe, mas já foi criada, por exemplo, uma associação para lutar pelos direitos das crianças com microcefalia.

Há cerca de dois anos um grupo de pais fundou a Douradown, que como o próprio nome sugere, reúne os pais de crianças com Síndrome de Down. "Queríamos um nome que os Douradenses se identificassem, por isso gostamos muito desse nome, que surgiu em uma reunião em que foi pedido sugestões. Esse nome foi proposto por nossa Associada Eliane Oshiro e agradou a todos", relatou ao Mídia MS Digital o presidente da Associação, Carlos Aparecido Ferreira.

A Associação de pais e Amigos dos Downs de Dourados foi criada a partir da necessidade de unir esforços e proporcionar inclusão. As primeiras reuniões aconteceram na forma de piqueniques e foram organizadas pela Associada Priscila Lupinetti e aconteciam no pátio da Universidade Anhanguera, que sediou as reuniões assim por pelo menos um ano.


"A Douradown é muito nova e ainda pouco conhecida. Conta com 90 pais, número que deve de aumentar pois estamos finalizando uma reforma na sede que ganhamos em forma de comodato da Loja Maçônica Ceres N° 09. A partir do momento em que tivermos nosso local pronto para reuniões, poderemos oferecer profissionais para atender nossos associados e certamente teremos mais adesão", avalia Carlos.

O presidente da Associação relatou sua experiência com a filha Luiza, desde a constatação da possibilidade, ainda durante a gestação, até a confirmação de que a filha nasceria com síndrome. "Em nosso caso em um dos exames durante a gestação foi identificado a possibilidade de uma síndrome, porém o exame não é assertivo. Não temos como saber exatamente o que está acontecendo e penso que essa é a pior parte. Após o nascimento quando tivemos a certeza, procuramos estudar e aprender a lidar com a situação, e fica bem mais fácil", contou Carlos.

"A Luiza tem quase 10 anos e nosso dia a dia é de muito trabalho, pois é preciso oferecer muitos estímulos, passou por duas cirurgias cardíacas, várias terapias desde os 4 meses de idade e que seguem até hoje com várias sessões por semana, pois sabemos que as atividades é que irão facilitar com que ela tenha uma vida mais independente", prosseguiu o pai, detalhando os passos que estão sendo dados para fortalecer a entidade e dessa forma dar mais visibilidade e garantir direitos às crianças. "A Douradown está passando pelo processo de reconhecimento de Utilidade Pública Municipal. Isso nos ajudará bastante, mas ainda temos outros desafios. Este avanço permite que os poderes públicos possam nos ajudar com verbas ou profissionais", acredita Carlos.

Quanto ao projeto em estudo pelo Governo Federal que prevê ensino para crianças especiais em escolas separadas daquelas ditas "normais", o representante dos pais de crianças com Donw é taxativo: "Sou totalmente contra, pois lutamos diariamente pela inclusão. Todo projeto, ação ou qualquer coisa que façamos ou apoiamos, primeiramente tem que ser algo inclusivo. não aceitamos nada que seja diferente disso", afirmou Carlos, para o qual "inclusão é muito boa para todos, pois todos aprendem e todos tem algo a ensinar".A Douradow estima que em Dourados haja 350 Donws.

Carlos finalizou a entrevista enfatizando os objetivos da criação da entidade: "A Douradown tem a missão de trabalhar sempre pela inclusão :nossa proposta é o convívio entre todos, as crianças na escola regular, nos esportes e outras atividades extracurriculares, os adultos trabalhando, terem seu emprego apoiado, para isso vamos desenvolver um projeto e levar às empresas instaladas em Dourados, apresentar aos departamentos de Recursos Humanos e Compliance e assim garantir a inclusão efetiva de todos"

*VIOLEIRO E JORNALIS

* JORNALISTA E VIOLEIRO

Fonte: Redação do Mídia MS Digital/ Jornalista Rozembergue Marques

Comunicar erro
UNIGRAN

Comentários

sicob