Ainda em fase de implantação, a chamada 'Rota Bioceânica", corredor rodoviário e multimodal com extensão de 2.396km, que ligará o Oceano Atlântico aos portos de Antofagasta e Iquique no norte do Chile no Oceano Pacífico, conectando Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, criará uma nova rota comercial para o Oriente. Com o objetivo de detalhar essa novidade logística, principalmente no que tange aos benefícios para a economia de Mato Grosso do Sul, o Midia MS Digital entrevistou o empresário Rodrigo Jeferson Trambuch, presidente da Agência de Desenvolvimento do Território da Grande Dourados (ADEGRAND- CELEIRO DO MS) e também presidente da Associação Empresarial de Rio Brilhante (AERB).
"A ampliação da malha rodoviária e ferroviária nacional e uma melhor utilização das hidrovias Paraná-Paraguai, somando a integração aérea regional, gerarão novos fluxos de comércio, atração de investimentos nacionais e estrangeiros, criará novas oportunidades de trabalho, promoverá o turismo e incentivará os avanços de tecnologia digital. Isso mudará todo o panorama econômico do MS", afirmou o líder empresarial.
Para ele, entre as inúmeras vantagens que o Corredor Bioceânico trará, a principal é a redução dos custos de exportação com a redução do tempo de viagem dos produtos exportados em 23%.Aproximadamente 13 dias a menos de viagem aos mercados da Asia, Oceania, Oriente Médio e Oeste dos EUA, se considerado a travessia via Canal do Panamá. Também a redução dos custos do transporte de carga promovendo ganhos de competitividade para os produtores brasileiros e seus produtos, podem chegar até 25%. A redução no custo logístico de importações na ordem de 25% e das exportações na ordem de 20%, ou seja, as relações comerciais de exportação e de importação acontecendo num nível muito mais competitivo.
"Já se pode obervar a promoção de uma nova logística regional (multimodal e transnacional) com atração de investimentos para todos os modelos (rodoviário, ferroviário, hidroviário e aéreo) em todo o MS, mas principalmente nas regiões atravessadas pelo Corredor Bioceânico. MS começa a se preparar para deixar de ser um Estado de vazio logístico e dependente de outros Estados para se tornar um Estado com um gigantesco Hub Logístico Internacional", destacou Rodrigo, acrscentando que além das Relações Comerciais de Exportação e Importação tem-se na promoção e exploração do turismo regional e transnacional um dos grandes ganhos econômicos do Corredor, que além de promover cidades e regiões inteiras, estimulará toda a cadeia produtiva do turismo.
"Neste sentido o MS conta com o suporte da FAEMS (Federação das Associações Empresariais do MS) que já começa dar suporte para as Associações Empresariais dos municípios cortados pelo Corredor Bioceânico. Já a expansão do setor de serviços e internacionalização das Pequenas e Medias Empresas nacionais conta com o Suporte Técnico que o Sebrae-MS tem para estas pequenas empresas e preparará muitos dos pequenos negócios do MS para atuarem também no mercado internacional1, prosseguiu, citando o exemplo da região conhecida como "Grande Dourados".
"O Território da Grande Dourados, formado por 12 cidades, está localizado estrategicamente no Centro Sul do MS e será cortado diretamente pelo Corredor Bioceânico através da BR 267 nos municípiosde Maracajú e Rio Brilhante. No município de Rio Brilhante ele se conectará com a BR 163, uma das mais importantes do Brasil, oportunizando para a região um dos pontos logísticos mais estratégicos aos países do Corredor Bioceânico no acesso ao mercado brasileiro, e isso a poucos quilômetros de Dourados", ressaltou Rodrigo.
"A integração do Território da Grande Dourados, o Celeiro do MS, no projeto do Corredor Bioceânico oferece ao MS e ao Brasil, não apenas mais um caminho de acesso, mas também o caminho mais curto do Corredor os mercados brasileiros e internacionais e aumenta considerável a competitividade dos produtos do Estado de MS.Sem sombra de dúvidas haverá uma ampliação da diversidade econômica de todo o MS, mas sobretudo da Região da Grande Dourados através do Corredor Bioceânico com a implantação Portos Secos, Ponto de Apoio ao Viajante, Agrocentros, Plataformas Logísticas de Clusters Produtivos, Centrais de Distribuição de Cargas, Loteamentos Logísticos e Terminais Ferroviários como a Ferro Guarani e a Ferroeste", concluiu o presidente da ADEGRAND e da AERB.
Fonte: Redação do Mídia MS Digital /Jornalista Rozembergue Marques