Familiares e fãs darão o último adeus a cantora Rita Lee nesta quarta-feira, 10. A eterna rainha do rock brasileiro será velada no Planetário do Parque do Ibirapuera, na zona sul de São Paulo, e não no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), onde costuma acontecer os velórios de artistas. O local foi escolhido considerando a ligação que a cantora tinha com tanto com o Planetário quanto com o popular parque paulistano. No livro "Rita Lee — uma autobiografia", de 2016, ela contou no capítulo "Mutatis Mutandis" que ia semanalmente no local e depois comia uma banana-split em uma lanchonete próxima. Ela também descreveu o Ibirapuera como uma "Floresta Encantada". O velório será aberto ao público, começa às 10h e vai até às 17h. Nas primeiras horas desta manhã, alguns fãs já estavam concentrados no local aguardando. A família informou, em nota, que "de acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado" em uma cerimônia particular. A artista morreu na segunda-feira, 8, aos 75 anos e a causa da morte não foi divulgada. Rita era casada com Roberto de Carvalho e deixa três filhos, João, Beto e Antônio.
Em sua autobiografia, a cantora também fez uma "profecia" sobre sua morte. "Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão 'Ovelha Negra', as TV's já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha no obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes sociais, alguns dirão: 'Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk'. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: 'Thank you Lord, finally sedated'", escreveu a Rita.
Jovem Pan