O pai do aluno do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul) acusado de racismo e apologia ao nazismo disse ao Jornal Midiamax na manhã desta quinta-feira (17), que tudo aconteceu durante uma discussão de trabalho escolar da disciplina de história, entre o filho e mais três alunos.
Segundo o pai do garoto, o filho estava na mesa no horário do almoço com mais quatro colegas, sendo que três eram negros falando sobre o trabalho escolar que tinha como tema, economia e política social, quando veio à tona assuntos relacionados ao "apartheid" e "holocausto".
O pai do aluno relatou que chegou a ser dito na mesa por um dos estudantes que tudo poderia seria mais fácil de resolver com o holocausto, sendo que o garoto em seguida teria intervindo dizendo que ninguém, inclusive ele, escaparia das mãos de Hitler, já que todos teriam raça misturada. "Ele é um menino religioso e, na verdade quem sofreu bullying foi ele", disse o advogado.
Ainda segundo o pai do aluno, ficou comprovado pelas apurações feitas pelo instituto que o filho não foi autor de crimes de racismo ou apologia ao nazismo já que nenhuma prova foi apresentada. O garoto já teve a transferência feita pelos pais.
O caso veio à tona quando um boletim de ocorrência foi feito, em fevereiro deste ano, por uma das mães de estudantes do instituto. Segundo a ocorrência, a mãe relatou que o garoto teria chegado a dizer, "IFMS é um lugar propício para um massacre". O suspeito também teria dito que já tem uma lista com os nomes dos alunos que ele mataria.
Ainda de acordo com o registro policial, o estudante se autointitula nazista. Em fevereiro, o suspeito teria falado que mataria um dos colegas e que outro seria torturado. Em outra ocasião, o suposto autor chegou a dizer a um estudante: "Tu não é ariano, te coloco pra assar".
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