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Formados no exterior dizem que são vĂ­timas de boicote no Revalida

Polemico desde a sua criação, o Revalida aplicado pelo Governo Brasileiro não agrada Conselho Federal de Medicina

Por Redação em 04/04/2023 às 10:54:34

Estudantes de Medicina que fizeram o Ășltimo Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Universidades Estrangeiras (Revalida) que teve seu resultado divulgado na semana passada afirmam que foram vĂ­timas de boicote por parte do instituto que realiza o exame que as provas são feitas para reprovar quem se formou no exterior.

Os médicos brasileiros formados em outros paĂ­ses acusam que de forma proposital o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais AnĂ­sio Teixeira (Inep), de promover aumento indevido na nota de corte (pontuação mĂ­nima para o candidato ser aprovado), de inconsistĂȘncias no conteĂșdo das provas e de falta de coerĂȘncia na hora da correção.

Polemico desde a sua criação, o Revalida aplicado pelo Governo Brasileiro não agrada Conselho Federal de Medicina (CFM) e muito menos os profissionais formados em outros paĂ­ses que desejam exercer a profissão no Brasil.

Sem o Revalida, brasileiros ou estrangeiros formados em medicina em outros paĂ­ses não podem solicitar o registro nos conselhos de medicina do Brasil. O chamado 'CRM' autoriza o médico a trabalhar no paĂ­s. "Isso acabou se transformando em uma reserva de mercado para quem se formou no Brasil, mesmo sem demonstrar capacidade, os alunos das universidades brasileiras podem, sem nenhum critério, exercer a profissão", reclamou uma médica que fez faculdade na BolĂ­via.

De acordo com dados do Inep, mais de 7 mil candidatos estiveram presentes na primeira etapa do Revalida 2022. As provas foram compostas por questões objetivas e discursivas. Apenas 863 foram aprovados para a parte prĂĄtica. E a aprovação final e somente 263 conseguiram passar. Uma aprovação de apenas 3,75%, a menor marca desde a criação do exame em 2011. A taxa de reprovação foi superior a 96 %.

Ainda no decorrer de 2023 existe a expectativa de mudança na forma de realização do Revalida e juntamente com a implantação do novo Mais Médicos do Governo Federal deve corrigir as distorções em relação a formação de profissionais de Medicina no Brasil. As mudanças enfrentem forte resistĂȘncia por parte do Conselho Regional de Medicina (CRM) e de entidades representativas da classe por todo o Brasil.

Fonte: Assessoria

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