Famoso por unir música e bom-humor, o cantor, compositor e comediante Juca Chaves morreu aos 84 anos, em Salvador. A informação foi confirmada pelo cemitério Bosque da Paz, onde será feito o velório, a partir das 14h30. A cremação está marcada para as 16h. Chaves estava internado no hospital São Rafael, na capital baiana, devido a problemas respiratórios. Nascido no Rio de Janeiro, em 22 de outubro de 1938, o filho de um judeu austríaco foi batizado Jurandyr Czaczkes Chaves, mas aportuguesou seu nome. Apaixonado por música desde a infância, formou-se em música erudita, mas foi com um estilo que misturava bossa nova e humor ácido que ganhou notoriedade. Entre seus sucessos durante as décadas de 1950 e 1970 estão Caixinha, Obrigado!, Take Me Back To Piauí, A Cúmplice, Presidemte Bossa Nova e Menina. Do amigo Vinicius de Moraes ganhou o apelido Menestrel Maldito. Ele era casado com Yara Chaves, com quem morava na Bahia. Com ela, teve duas filhas: Maria Morena e Maria Clara. Torcedor fanático do São Paulo, compôs uma marchinha para o clube de coração.
Chaves também ficou conhecido por frases marcantes. Quando voltou de período de exílio em Portugal — era crítico da ditadura militar —, nos anos 1970, fundou a própria gravadora, aventurou-se na condução de programas de televisão e popularizou um de seus bordões: “Vá ao meu show e ajude o Juquinha a comprar o seu caviar”. Em 2006, candidatou-se ao Senado na Bahia pelo Partido Social Democrata Cristão (PSDC, hoje Democracia Cristã). Nos últimos anos, Juca Chaves virou um grande crítico do PT e defensor da Lava-Jato. Um de seus últimos sucessos foi Adeus em Ritmo de Lava Jato, canção na qual citou escândalos de corrupção dos governos petistas e sentenciou: “Adeus, ladrões”.
Ouça alguns sucessos de Juca Chaves
Jovem Pan