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Denúncia envolvendo ministro de Lula é "muito grave", avalia órgão internacional

Os atos são "absolutamente incondizentes com o padrão de conduta esperado de uma autoridade do mais alto nível", disse diretor-executivo do órgão ao jornal Estado de S.Paulo.

Por Antonio Neres em 03/03/2023 às 14:05:19

A Transparência Internacional avaliou como "muito grave" as denúncias contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, escolhido por Luiz Inácio Lula da Silva. Ele é apontado em suspeitas sobre o uso indevido de verbas públicas.

De acordo com Bruno Brandão, diretor-executivo do órgão no Brasil, a decisão do presidente Lula sobre a conduta do ministro vai impactar nas avaliações internacionais do país sobre combate à corrupção. Até o momento, o governo não se pronunciou sobre o caso.

Os atos são "absolutamente incondizentes com o padrão de conduta esperado de uma autoridade do mais alto nível", disse Brandão ao jornal Estado de S.Paulo. O diretor-executivo apontou que o acúmulo de casos envolvendo o ministro indica que trata-se de "um padrão de conduta recorrente" e que "não é um caso isolado".



O diretor-executivo explicou que o Brasil será observado por organismos internacionais e a decisão de Lula sobre a continuidade ou não de seu ministro das Comunicações poderá impactar as análises.

"Em qualquer país, isso seria motivo de grande indignação e de respostas", afirmou Brandão.
"O que se espera de um governo comprometido com padrão ético é a suspensão imediata dessa autoridade até que os fatos possam ser devidamente esclarecidos."

Uma série de reportagens mostrou os escândalos envolvendo o deputado federal licenciado. Juscelino Filho já mandou emendas para asfaltar uma estrada que corta a própria fazenda em Vitorino Freire, no Maranhão, enviou informações falsas à Justiça Eleitoral para comprovar voos não realizados durante a campanha, usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e diárias para participar de leilões de cavalos de raça em São Paulo e ocultou patrimônio de R$ 2,2 milhões em equinos, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fonte: Revista Oeste

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