A organização Portas Abertas informou que uma nova lei entrou em vigor na China tornando ilegais reuniões e cultos online de igrejas. A organização afirma que a medida serve para controlar ainda mais os cristãos no país, que está entre os que mais perseguem os cristãos.
O grupo também analisou que o acesso legal a internet só será concedido aos que os chineses definem como Cinco Religiões Autorizadas. A Igreja Católica Romana e outras três religiões consideradas protestantes estão incluídas na lista. Ainda assim, tais denominações terão seus conteúdos monitorados pelas autoridades para garantir que tudo estará de acordo com o governo chinês.
"Já observamos que em nossa área, as reuniões online com um grande número de participantes desapareceram. Até agora, conseguimos realizar pequenas reuniões online, com alguns membros da igreja participando de cada vez. Continuaremos nossas reuniões online, onde houver espaço. vamos dar um jeito", afirmou uma fonte do Portas Abertas.
As igrejas que descumprirem a lei podem ser punidas com advertências administrativas.
"O Partido há muito vê a religião como uma ameaça em potencial. Quando percebeu que não podia acabar com os cristãos no país, tentou contê-lo. Eles temem que os cristãos sejam leais a outra instituição ou tenham outra devoção que não seja ao Partido Comunista Chinês", afirmou Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas Brasil.
O assunto foi tema do programa Os Pingos nos Is da Jovem Pan. Assista abaixo:
A comentarista Ana Paula Henkel lembrou que o Papa Francisco já havia assinado um acordo com a China autorizando o país escolher os seus bispos, um caminho diferente do que promove o Vaticano que escolhe seus bispos, mas neste caso o papa abriu exceção.
Fonte: Pleno.News