Com isso, o indicador acumula retração de 10,8 pontos no quarto trimestre de 2022, depois de 7,4 pontos nos três trimestres anteriores. Os dados foram divulgados hoje (2), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).
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“A confiança empresarial se manteve em queda pelo terceiro mês consecutivo, embora em menor intensidade que nos meses anteriores. A percepção sobre a situação atual e perspectivas se mantém em compasso de espera frente às decisões sobre a condução da política econômica do novo governo”, afirmou ela.
Acrescentou que o setor industrial está mais otimista, mas o de serviços teve piora das perspectivas.
“Apesar de uma percepção de melhora no setor industrial relacionada a uma ligeira recuperação de demanda e redução de estoques, a piora do setor de serviços foi o responsável por jogar a confiança para baixo em dezembro. A confiança das empresas melhora para mais de 50% dos segmentos pesquisados, mas isso não é suficiente para garantir sua sustentação nos próximos meses. O cenário de incerteza contribui para essa paralisação no momento”, argumentou.
Componentes
Entre os componentes do ICE, o Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) e o Índice de Expectativas (IE-E) não tiveram variação em dezembro, ficando em 95,2 e 87,9 pontos, respectivamente. Com isso, esses indicadores encerram 2022 abaixo do nível neutro de confiança, que é considerado em 100 pontos.
Por setor, em dezembro a confiança dos serviços e da construção caiu, enquanto a indústria subiu e o comércio ficou estável. Na análise da difusão, a confiança empresarial subiu em 53% dos 49 segmentos que integram o indicador, registrando uma disseminação maior da observada em novembro.
EBC