“Um, dois, três, bam bam…”. A música de abertura não foi a única que ficou marcada, “Floribella” se tornou um verdadeiro fenômeno teen quando lançada na Band, em 2005. A atriz Juliana Silveira protagonizou a produção que girava em torno de Maria Flor, uma jovem órfã que vai trabalhar de babá na casa de Fred (Roger Gobeth) e acaba se apaixonando pelo patrão. A trama, que teve duas temporadas, contava com várias cenas musicais e lançou hits como Pobre dos Ricos, Quando Eu Te Vejo, Vestido Azul e Tic-Tac. O sucesso foi tanto que até hoje Juliana conta com fãs da época de “Floribella”. Em 2017, uma dessas pessoas propôs um encontro presencial com a atriz, e ela topou. “Foi de um jeito despretensioso, em uma pizzaria de um shopping da Barra da Tijuca. Iasmin é o nome da fã que teve a ideia e juntou uma galera para o encontro. Foi uma experiência gostosa, fluiu super bem. Nos anos seguintes, esses encontros foram crescendo, sendo organizados com bastante antecedência e, com isso, pessoas de outras partes do Brasil conseguiram se organizar para participar também”, contou Juliana em entrevista à Jovem Pan.
A artista topou viver essa experiência porque não era muito ativa nas redes sociais e queria ter um contato mais próximo com os fãs que ganhou no período da novela. “Nunca pensei que ‘Floribella’ faria todo esse sucesso. Nós, artistas, estamos acostumados com projetos que possuem começo, meio e fim, porque sempre vem algo novo na sequência, mas essa novela marcou uma geração.” Atualmente, o encontro conta com cerca de 50 pessoas que são selecionadas por Iasmin e acontecem todos os anos. O único período em que foi necessário fazer uma pausa foi o da pandemia. “Os anos foram passando e os encontros foram ficando mais elaborados. Hoje, a gente faz até karaokê com as músicas da novela (risos). Esses encontros duram cerca de três horas e participam pessoas de várias partes do país. É um dia que tiro só para isso”, contou Juliana, que enfatizou que gosta de conhecer de perto essas pessoas e suas histórias.
“Para participar de um encontro desses, você precisa estar muito à vontade, tem que ser prazeroso e, para mim, é. Adoro ouvir como a pessoa conheceu meu trabalho, o que ela estava passando na época da novela e depois a gente continua se falando nas redes sociais, conheço pai, mãe, viro amiga mesmo. Eu me proponho a ter essa relação porque essas pessoas se dispõem a isso, elas guardam dinheiro e viajam para o Rio de Janeiro só para me ver. Elas investem em um sonho e eu invisto em estar com elas”, explicou a artista. Entre as muitas histórias que já ouviu, a intérprete de Maria Flor acredita que a maioria dos fãs tinha a novela como uma companhia ou um refúgio. “Tenho uma fã que tinha perdido a avó, que era a sua principal companhia, na época da novela e foi ‘Floribella’ que trouxe um frescor para a vida dela, porque era um momento que conseguia rir novamente. Tem também muitas histórias de pessoas que sofriam bullying e usaram a novela para fantasiar e se divertir.”
Juliana entende que esse projeto ainda está muito presente na vida dessas pessoas que se tornaram seus fãs, por isso, ela não vê problema em ser associada à “Floribella”. “Considero um marco na minha carreira. De tudo que fiz na juventude, não tem nada que se compare. A personagem ganhou vida própria, fizemos shows pelo país, tinha produtos de ‘Floribella’, eu ia nos lugares fazer divulgação vestida como a personagem, são demandas que não existiram em outros trabalhos. Acho que todo ator procura por esse momento, ter um personagem que o torne conhecido pelo mercado e pelo público. Não podemos ser ingratos com as oportunidades que a gente tem”, afirmou.
Novos projetos
Após a novela, ela foi convidada para gravar CD, para ser apresentadora infantil e para continuar estrelando esse tipo de produção, mas não aceitou porque queria viver novos desafios. “Nenhuma das propostas me interessou na época porque eu tinha feito tanto sucesso que achei que se fizesse algo parecido logo na sequência, seria um choque para o público. Não quis surfar nessa onda, poderia ser um tiro no pé.” Aos 42 anos, Juliana, que é mãe de Bento, de 11 anos, deseja voltar a atuar para crianças, mas de um jeito diferente. “Ano que vem quero fazer teatro infantil e estou na série ‘Matches’, da Warner, mas essa é para o público adulto. A primeira temporada, lançada em 2020, foi um grande sucesso, aumentou cinco vezes a audiência do canal. A segunda e a terceira temporada já estão certas, mas a gente só grava em 2023. Também estou doida para voltar à TV aberta, adoro fazer novela”, disse a artista, cuja última novela foi “Apocalipse” (2018), da Record. Veja o encontro de Juliana com os fãs:
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Jovem Pan