O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse hoje (6) que pretende buscar maneiras de reduzir o endividamento das famílias. "Não basta a gente dizer que vai ganhar as eleições e aumentar as condições de salário e a renda das pessoas. Nós vamos ter que, em um primeiro momento, criar condições para negociar essas dívidas, seja com os empresários do setor de varejo, seja com as prefeituras e os estados, no gás e na luz. Ou seja com os bancos."
A afirmação foi feita, em discurso, durante reunião de articulação de campanha em um hotel na capital paulista. Participaram do encontro lideranças dos partidos que compõem a coligação que sustenta a candidatura de Lula.
Na avaliação de Lula, sem a redução do endividamento, as famílias terão de diminuir o consumo. "Porque, se a gente não resolver a dívida dessas pessoas, essas pessoas estarão impossibilitadas de continuar consumindo qualquer coisa nesse país", disse.
Assim, segundo o candidato, a economia acabará sofrendo impactos negativos. "E, se o povo não tem poder para consumir, a economia não cresce, o comércio não vende, não fabrica, a gente tem a desgraça como já aconteceu tantas vezes nesse país".
Além do endividamento, Lula disse que pretende ter atenção à geração de empregos, especialmente àqueles com carteira assinada. “O povo quer resolver o problema da sua dívida, do seu desemprego. O povo que acabar com a economia informal, porque ele quer ser cidadão pleno. E o povo quer voltar a comer e a sorrir nesse país”, acrescentou.
O candidato disse que assim será possível resgatar a qualidade de vida da população que, de acordo com ele, sofreu grandes perdas nos últimos anos. “O povo sabe que vivia melhor, que comia melhor, que estudava melhor e passeava melhor. O povo sabe que tinha muito mais expectativa de um futuro brilhante do que hoje, que a vida se tornou um pesadelo”.
Agência Brasil